A PROGRAMAÇÃO É A ALMA DA RÁDIO, MOSTRA SUA IDENTIDADE E DITA O RITMO DA COMUNICAÇÃO COM O OUVINTE.
Conseguir manter o equilíbrio e garantir que a audiência permaneça o maior tempo possível é o grande desafio que a rádio enfrenta no seu dia a dia. Para isso, é preciso conhecer o público, mapear a concorrência e identificar as necessidades dos anunciantes.
Essas foram algumas das dicas que profissionais de rádio de todo o Brasil ouviram durante o EaD “Como formatar a programação da sua rádio”, promovido pela Aerp, em parceria com a Abert, nesta quarta-feira (25/07). Com 1.816 participantes, o curso contou com a participação de Daniel Starck, do portal tudoradio.com, e Luiz Benite, diretor da Massa FM e da Aerp.
Criar uma relação de afinidade com o ouvinte pode ser a chave para o sucesso da programação e, consequentemente, garantir melhores resultados para os anunciantes. Segundo os convidados, esse fator deve ser cada vez mais observado pelas emissoras e anunciantes.
“A afinidade, as vezes, é mais relevante para o anunciante do que a audiência. Se a rádio tem afinidade com o público é porque está construindo uma linguagem do locutor que fala com o ouvinte”, explicou Benite.
Para isso, é preciso construir a sintonia entre músicas, linguagem dos locutores, breaks e programas. “Entender afinidade acaba sendo não só uma questão muito importante para os anunciantes como também para o planejamento da programação, não só de formatos, mas também de linguagem”, analisou Starck.
Segundo Benite, outro ponto fundamental para alcançar o sucesso é o entrosamento entre as equipes comercial e artística. “Os dois departamentos precisam olhar um para o outro e pensar a programação em conjunto”, destacou.
MANTENHA SEU DNA
O debate também girou em torno das adaptações que precisam ser feitas pelas rádios que estão migrando do AM para o FM. Para os convidados, é preciso ter clareza do público que se quer atingir e, se a rádio já está consolidada no AM, evitar mudanças bruscas que descaracterizem a sua identidade.
“Se a rádio é muito tradicional em um formato e tenta abocanhar outro, não necessariamente isso vai dar certo. Quando acontece isso é porque existe uma deficiência local em que aquele público não era assistido”, avaliou Starck.