A partir da transmissão de ideias é possível construir relações entre os fatos e produzir um legado para as gerações vindouras, de modo que a comunicação tem papel primordial na diversidade e propagação da cultura. Nesse sentido, conhecer a historia da rádio nos ajuda a entender como ela influenciou — e continua influenciando — o nosso dia a dia.
Graças à radiocomunicação nós nos desenvolvemos profundamente no âmbito cultural. Levando isso em conta, nós separamos 3 curiosidades empolgantes sobre a sua trajetória e fatos que marcaram plenamente o seu desenvolvimento. Confira!
1. Quem inventou? Onde e quando?
Na realidade, não existe um consenso sobre quem foi o grande inventor da radiodifusão. São dois nomes apontados como os principais responsáveis: o italiano Guglielmo Marconi e o brasileiro Roberto Landell de Moura. Aliás, é válido dizer que o rádio, como conhecemos hoje, só é possível graças às contribuições de ambos.
Segundo César Augusto dos Santos, Marconi patenteou “somente a transmissão-recepção eletrônica por centelhamento dos sinais telegráficos em código Morse”, em 12 de setembro de 1896, na Inglaterra. Já Roberto, ainda de acordo com Santos, patenteou um sistema fotônico-eletrônico no Brasil, em 9 de março de 1901.
Ou seja, foram dois experimentos distintos, embora tivessem semelhanças evidentes. Fato é que foram decisivos, cada um à sua maneira.
2. A publicidade na rádio ainda repercute?
Com a crescente expansão das outras mídias, criou-se a impressão de que o marketing radiofônico havia perdido suas forças.
Contudo, ainda é possível veicular muitos anúncios através deste meio de comunicação. Prova disso é que ele é a quinta mídia com mais investimento publicitário em todo o mundo, segundo Fernando Morgado.
Além disso, com associação frequente entre as rádios e os celulares, bem como a crescente expansão das transmissões digitais, elas continuam sendo bastante populares.
3. Como foi a história da rádio no Brasil?
A princípio, não era permitido anunciar. A veiculação de propagandas só foi permitida com um decreto-lei assinado por Getúlio Vargas, em 1º de março de 1932. A programação era voltada à cultura, à arte em geral e à educação. Os receptores eram caríssimos para e época, o que dificultava na popularização do aparato.
A primeira transmissão brasileira se deu em 7 de setembro de 1922, com o pronunciamento do, então presidente, Epitácio Pessoa. A Rádio Sociedade, do Rio de Janeiro, é considerada como a primeira emissora do país.
Na década de 1940, veio a popularidade, acompanhada da criação do IBOPE. A audiência era crescente e os programas eram feitos para as massas. O programa que melhor sintetiza essa ascensão é o “Repórter Esso”, que estreou em 1941. Narrado pelo locutor Heron Rodrigues, ele se destacava por ter sido o primeiro noticiário que não se resumia a ler as notícias do jornal impresso.
Outro destaque do jornal eram seus charmosos slogans, como “O primeiro a dar as últimas” e “Testemunha ocular da história”, por exemplo, que ficaram marcados na memória do país.
A historia da rádio é riquíssima e seu peso histórico é notável em diferentes âmbitos: político, artístico, jornalístico, esportivo etc. De qualquer maneira, sua validade resiste, fazendo com que ainda seja um dos veículos de comunicação mais relevantes.