Que a rádio não vive mais nos seus tempos áureos já sabemos, até minha adolescencia nos anos 90 o rádio era o principal veículo de divulgação musical, eu e muitos adolescentes passávamos horas e horas ouvindo rádio esperando uma determinada musica tocar pra gravar em fita K7, odiavamos as 'carimbadas' que as rádios davam na parte mais legal da música, o locutor era um semi-deus, com toda aquela fluência verbal e simpatia, ao menos pra mim ,que era um bicho do mato, sempre foi. Mas hoje, em tempos de iTunes, YouTube, MP3, o papel musical da rádio tende a ser cada vez menor e mais de conteúdo falado, estilo talk show, e isso vai exigir do locutor ser muito mais do que uma pessoa simpática que fala bem, vai exigir conteúdo, conhecimento de vários assuntos, estar antenado com o que acontece a nossa volta, no mundo, inteligencia, opinião. Vai exigir muita leitura, muita informação. É aí que o locutor vai começar a se diferenciar, e como sempre a criatividade também vai contar bastante, como em toda área, principalmente como no mundo da mídia exige.
Como em todo meio, existem os grandes nomes que mantem seu público ao seu jeito, mas haverão muitos nomes que serão substituidos se não se adequarem as novas realidades, isso é no Rádio, na TV, e em qualquer outro tipo de trabalho, dentro ou fora dos meios de comunicação. Pra quem começa agora, é oportunidade de começar num novo conceito, já com a mente aberta a mudanças, pra quem já está no meio, é a hora de se antenar e fazer valer da experiência pra estar a frente. Hoje temos a radiodifusão se concentrando no FM, e expandindo obrigatoriamente pra internet, longe do fim do que muitos imaginam, somente no começo de uma nova fase, diferente do que temos até hoje, mas o conteudo falado, que pode ser compreendido sem a necessidade de prender a visão do ouvinte, o deixando livre pra exercer outras atividades simultaneas sempre existirá. A rádio como entretenimento, informação e conteúdo inteligente ainda tem uma vida longa, feliz e muito mais rica pela frente.